Em meados da década de 1980, minha madrinha mudou-se com a família de Anápolis para Goiânia. Desde então todas as minhas férias escolares passaram a ser na capital, muitas das minhas melhores memórias são em Goiânia.
Em Goiânia também estão memórias ruins, que nunca serão esquecidas.
Pessoas amadas e que foram importantes na minha vida eu me despedi em
Goiânia.
Minha Goiânia era o Setor Oeste, o Joquei Clube, o Shopping Flamboyant, a sorveteria Casa Verde em frente a Praça Tamandaré, as locadoras de VHS Opus e Homem de Melo, entre outros. Isso entre 1985 e 1994 era um mundo muito grande para um garoto do interior.
No último sábado, dia 18 de agosto, vivi uma nova e rica experiência na capital goiana, participar da
Deriva Fotográfica do Bem.
Organizada
pelo arquiteto, escritor, professor e amigo
Bráulio Vinícius, a Deriva
é, primeiramente uma forma de apoiarmos a Missão Pão e Vida, que ajuda
seres humanos que são invisíveis à nossa confortável existência. Em
segundo, foi uma oportunidade de registrarmos a cidade de Goiânia, esta
bela musa, que sempre tive um grande carinho mas nunca conheci tão de perto.
Também foi uma oportunidade de usar a idéia do
Desenhistas Urbanos. Mesmo sendo uma deriva fotográfica, resolvi ser o estranho no ninho e desenhar a cidade ao invés de fotografa-la, deu mais ou menos certo.
Um dia antes da deriva treinei quanto tempo levaria para fazer um desenho e qual técnica usaria, obviamente para minha decepção o desenho teria que ser apenas em linhas rápidas e básicas se eu quisesse acompanhar o grupo de fotógrafos.
O plano que tracei então foi o seguinte: Cortar papéis em diferentes formatos de forma aleatória com o tamanho máximo próximo de um A5, desenhar com lapiseira para não correr o risco de ter que parar para apontar e levar minha câmera compacta para registrar as cores, luzes e sombras para depois pintar os croquis com aquarela. Como critério decidi que não usaria as fotos para corrigir nada feito no grafite.
Alguns registros da experiência:
Até a próxima Deriva